Sonhos

19:00

Hoje acordei primeiro que o sol, que o toque ensurdecedor do despertador. Hoje acordei primeiro que o tempo e fui divagar em sonhos.
No coração louco que transborda amor e alegria, corre nas veias sonhos ainda em bruto. Não tem data de aparecimento, mas surgem de repente e sentimo-los a acariciar-nos os dedos, quase como se o pudéssemos agarrar.
Sonhos levo-os às cavalitas e empilham-se em montanhas. Não pesam nas costas, mas fazem sentir-se dentro do coração.
Prego sonhos à parede de onde esperam ser libertados das suas molduras.
Sonhos são mesmo assim, não têm forma e muito menos cor, no entanto às vezes sinto-lhes o sabor. Dão o ânimo que preciso e enchem o coração de esperança. Já dizia o velho provérbio sábio “depois da tempestade vem a bonança.”
Por cá vai-se unindo os pontos do caminho, traçando constelações da vida. Talvez refletir em água pura a verdadeira natureza de cada um de nós. Somos feitos de estrelas, dizem eles, eu cá digo que somos fabricados e movidos a sonhos. Não há muita ciência na formação deles, apenas paixão, uma mente que se agarra à motivação e uma pitada de insanidade.
No limiar da loucura, são os sonhos que me tornam mais sã. Perco-me neles para saber quem sou e para onde vou.
E quando a esperança falhar? Vou gritar bem alto ao vento, para espantar o medo.
Quando a mente quiser descer das nuvens para cair e encarar a dura realidade, vou fazer os pés correrem no asfalto, respirar fundo o sentido da vida e observar tudo à minha volta, como se fosse a primeira vez. Percorrer o mar infinito de opções e encontrar novas razões.
Se me cortarem as asas e disserem que não sou capaz, largar-lhes-ei um sorriso e dir-lhes-ei que só os medrosos ficam para trás.
O caminho não é fácil e no emaranhado de confusões, há uma batalha mental comigo mesma porque, em tempos de guerra, o único inimigo somos nós mesmos. Por isso vou despindo a mente e, com ela já nua, traçar-lhe objetivos e reflexos meus que me fazem bloquear a escuridão e avançar com toda a emoção.
Expresso-me em sonhos e eles fazem a expressão do que eu sou.




por-do-sol

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